domingo, 19 de dezembro de 2010

PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO DO BARRO PRETO



Freqüentador Misterioso: Sine Nomine

A Igreja: Igreja de São Sebastião do Barro Preto

Denominação: Igreja Católica Apóstolica Romana, com todos os direitos e fatos.

O prédio: No site da paróquia (infra), há relato sobre a história do Edifício. É grande, bonito, estilo eclético brasileiro, com torres, transeptos, coro; recentemente foram adicionados vitrais; há também o "episódio" do órgão (mais abaixo narrarei).

A comunidade: Pelo que pude ver, são gente do mais fino catolicismo e do mais fino gosto e erudição (musical, artística, litúrgica &c); de outra forma, não seria possível. Pe. José Cândido é de uma mente impressionante, e, portanto, a vida paroquial torna-se, igualmente, impressionante (no sentido cultural). Posso asseverar, todavia, que há gente de várias idades, classes sociais, e, frise-se, de várias partes de BH, as quais vencem o chão para assistir às missas com o nobre pároco.

A vizinhança: Barro Preto. Lojas de roupa e Escritórios de Advocacia. O Fórum do TJMG fica no outro quarteirão.

Elenco: Dirigente: Pe. José Cândido. Pregador: Pe. José Cândido. Coro: Havia um Coro, mas fiquei sem saber se é coro da Paróquia ou da empresa que gere boa parte da vida musical em S. Sebastião. Houve a participação especial do Pe. Marcelo Ferreira, organista em Niterói, e, por ser Missa Solene, de todos os elementos cabíveis. Acólitos, Cruciferários, Turibulários, Evangeliários, Bedéis &c.

Data e Horário: 19 de dezembro de 2010, 4º Domingo do Advento, Missa das 11h.


Qual o nome do culto? Missa do 4º Domingo do Advento.

Quão cheio estava o salão de cultos? Cheguei cedo, no final da Missa anterior. Bem, cheguei e fui logo escutanto as conversas sobre o "episódio" do órgão.

Alguém lhe deu boas-vindas? Sim, sim. Um daqueles senhores que vestem terno branco. Muito simpático, aliás.

Seu assento era confortável? Absolutamente não. Banquinho bem fraco lá o de S. Sebastião.

Como você descreveria o ambiente antes do culto? Hã... pareceu igreja Batista? Sério, fiquei impressionado com o entrosamento do pessoal. Nos tempos que eu ia a Missas, com minha avó, a coisa era BEM silenciosa. Lá o pessoal se sauda, abraça, cumprimenta, etc. Aliás, houve dificuldade em alguns dos meus circunstantes em observar o silêncio, já depois do começo.

Quais foram, exatamente, as palavras de abertura do culto?. Pe. José Cândido toma o púlpito e diz: "Bom dia, meus irmãos". Depois das saudações padrão e da apresentação do órgão, a narrativa do "Episódio".

O EPISÓDIO DO ÓRGÃO: A Paróquia de S. Sebastião já havia marcado faz muito tempo o concerto e a missa solene que definitivamente inaugurariam o Grande Órgão. Tudo ia acontecendo muito bem, já fazia meses que o instrumento estava a ser instalado. O Organeiro, RICARDO CLERICE, detectou um desarranjo no órgão. Todavia, asseverou que o órgão estaria pronto para a Missa de Domingo, 19/12 (isso se deu em novembro). Sexta-feira, porém, ele conseguiu descobrir o que causava o desarranjo: estragos em dois grandes tubos de madeira de 16 pés. O Arcebispo, que rezaria aquela Missa, foi dispensado, mas nenhum outro dos convidados conseguiu ser contatado a tempo. A comunidade estava desolada com o acontecido, principalmente o Pe. Cândido. Nem por isso o Concerto deixou de acontecer, com o Coro MARAVILHOSO e ESPETACULAR que se fez ouvir cantando algumas canções (para minha surpresa: HINOS PROTESTANTES!).

Que livros foram usados pela congregação durante o culto? O folhetim da Missa.

Que instrumentos musicais foram tocados? O Órgão Digital da paróquia, que, para minha surpresa, toca direitinho. O som é meio asmático, mas ilustra bem os tubos.

Algo o distraiu? Pessoas papeantes ao meu redor? Por que elas vêm à Missa mesmo?

O estilo do culto, qual era? Saltitante, engessado ou o quê? Missa tradicionalíssima romana, com Coro, Órgão, trechos em Latim (o credo e alguns corais) e incensos, pompas e circunstâncias.

Qual a duração exata do sermão? 8 minutos.

Numa escala de 1 a 10, quão bom era o sermão? E o pregador? Achei EXCELENTE a Homilia, mas minha tradição me faz gostar de prédicas mais longas. Pe. Zé Cândido é um excelente orador, e o faz com naturalidade impressionante. Gostei muito, muito, muito de sua reflexão sobre o sonho de José, mas achei que poderia ser mais longa, repito-me.

Em suma, sobre o que foi o sermão? José teve um Sonho. Deus falava aos patriarcas através de Sonhos, como o outro José, lá no Egito. Esses sonhos, porém, não eram sonhos propriamente, mas, sim, percepções da vontade de Deus a partir de meditação, contemplação e oração. De José, que se submeteu a Deus, aprendemos o exemplo da resolução em obedecer, mesmo sem compreender; de Maria, que se entregou de todo nas mãos de Deus, aprendemos a submissão santa e santificadora, que nos propicia a, como eles, recebermos a Jesus nesse Natal.

Que parte do culto foi como estar no céu? Ah, exceto as orações aos Santos e a Maria, todo ele. Gostei muito da Homilia, mas o coro de 10 componentes que cantam como se fossem 70 também tem o seu lugar.

E qual parte foi como estar... hã... no outro lugar? Bem. Tenho de ser sincero, né? Orações a Maria. Realmente fico sem lugar quando se dá isso.

O que aconteceu depois do culto? Fiquei ouvindo o coro um pouco mais e, depois, fui saudar o padre.

Como você descreveria o cafezinho após o culto? Não o há, mas há uma "Boca do Forno" do outro lado da Augusto de Lima, onde tomei um Mokaccino e comi um Juscelino de Frango. Nham, nham!

Como você se sentiria em congregar nesta igreja? (numa escala sendo 10 = extasiado e 0 = terminal) Não ia dar certo. Tenho cá meu doutrinamento.

O Culto o fez feliz por ser um cristão? Sim, com certeza. Foi uma satisfação participar daquele culto a Deus, diferente do que eu estou acostumado.

O que você vai guardar na memória deste culto? Várias coisas. Sobretudo, duas: 1. O Coro. 2. A Homilia.

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